Sword Art Online e a quebra da ação

Com o final da primeira parte de SAO [Aincrad] muito rebuliço foi causado ao longo da internet. Com este post pretendo abordar alguns problemas graves que o anime teve e explicar sobre a obra como um todo. [Spoiler Warning]

Sword Art Online é uma série de Light Novels escritas por Reki Kawahara, mesmo autor de Accel World. As novels contam com 11 volumes (que será lançado em Dezembro).

A história é sobre um VRMMORPG (Virtual Reality Massively Multiplayer Online) que acaba sendo uma armadilha para todos os seus jogadores, que agora vão ter que lutar por suas vidas para alcançar a liberdade.

Problemas

A Adaptação animada da até agora compõe do primeiro volume e de algumas side stories, e é com isso que começam a aparecer os problemas, em como isso foi adaptado.

Os problemas podem ser simplificados em dois, claro que tem alguns menores, mas foram esses que acabaram causando maiores dificuldades para o anime.

Ordem cronológica

Uma das diferenças entre o anime e a novel é a ordem cronológica. Enquanto o anime adota  contar os eventos em sequencia, a novel conta primeiro a parte principal e depois mostra as outras partes fora de ordem, sempre colocando o mês para ajudar a identificar em que parte da história está.

Novel Anime
Novel 1 Episódios – 1,8,9,10,13 e 14
Novel 2 Episódios – 3,4,7,11 e 12
Novel 8 Episódios – 5 e 6
Side Story – Aria in the Starless Night Episódio – 2

Com esse formato temos seis episódios para a parte principal e oito para side story. Pode ver onde está começando o problema? Com isso as side stories que deveriam explicar outros sistemas do jogo acabam tendo que explicar os normais junto, pois a história principal não tem tempo o bastante em tela para ficar explicando.

O outro problema surge com o “começa e para” da ação. Como podem ver a história principal está dividida para ser mostrada no começo-meio-fim. Em teoria isso funcionaria, mas o resultado foi uma grande história fragmentada em várias partes. Com às vezes partes dramáticas sendo jogadas logo no começo, onde nem sabemos direito quem é a personagem.

Falta de explicação sobre os sistemas do jogo

O segundo problema foi citado brevemente anteriormente, a falta de explicação do sistema. Não só o anime deixa de explicar as “mecânicas de jogo” básicas, como também as secundarias, onde usou as side stories para isso.

Isso leva a um cenário onde acabamos não sabendo quase nada sobre o jogo. Como por exemplo << Switching >> ou <<Switch>> algo que é usado ao longo do anime todo, eles falam apenas por cima o que é, mas nunca chegam a falar o porquê usar tal sistema.

Até o final do anime que pareceu que o poder do amor vence tudo é explicado de uma maneira melhor, não que seja uma maneira boa, mas é mais explicada pelo menos.

Conclusão

A escolha feita pelo anime não foram das melhores, muito ficou faltando em troca de algo que nem foi usado direito. As side stories funcionariam melhor como OVA’s ou mesmo conteúdo sendo usado junto. Muitas outras side stories do mundo de Aincrad não foram colocadas, não vejo o motivo de ter escolhido essas do jeito que foi. Isso dito, eu gostei do anime, ele foi bom o bastante para dar vontade de ir atrás do material original, mas seus problemas ficaram muito aparentes.

Uma reclamação que vi ao longo de internet foi à falta de exploração das personagens. Pessoal, apenas 20% do material total foram mostrados, não faz sentido desenvolver ninguém no começo. Se mais temporadas forem feitas, e vão ser, o anime vai passar de 50 episódios – fácil fácil.