Omnia Undique: Eureka Seven

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Para aqueles que são leitores de data do blog (HUEHUEHUEHUE) vão se perguntar porque estou relançando esse post? Bem vamos lá!

Essa é uma tentativa de voltar com o bloco “Omnia Undique”, que foi a ideia inicial do blog, que acabou não dando muito certo por uma série de motivos. No começo era um bloco semanal que  falava de todas as mídias de uma obra em particular. Porem isso causava muita repetição e era difícil de manter em dia.

Agora com esse Reboot. A ideia vai continuar a mesma, fala de todas as mídias de uma obra em particular. Apenas que vai ser apenas um grande post, e não vai ter periodicidade, já que é algo que leva tempo para fazer.

Vou começar por relançar as duas que tinha conseguido fazer e começando por:

Surfando nos céus, romance e aceitação, com referencias a cultura pop e a musica aos montes, mensagens ecológicas sutis e mechas para todo lado, você simplesmente não pode errar com Eureka Seven.

Eureka Seven

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Feito pelo Studio Bones, dirigido pelo Tomoki Kyoda e escrito e pensado pelo Dai Sato (aquele cara que escreveu a maioria dos animes bons por ai). Aqui podem conferir uma entrevista com ele na época de produção do anime, onde ele fala de vários conceitos usados.

A história começa com Renton Thurston (insira referencia aqui), filho de Adrock Thurston (insira referencia aqui) um herói que salvou o mundo do Summer of Love (já entenderam como funciona né?). Agora ele vive com seu avô Axel, um famoso mecânico, na cidade de Bellforest, onde nada acontece e ele vive uma vida entediante. Fato legal, o nome da já falecida esposa de Axel se chama Rose – eu disse que era cheio de referencias – mas vou deixar o resto a vocês, aqui tem uma lista com algumas.

Até que um dia um gigante branco cai na sua casa, carregando uma princesa de olhos roxos e cabelo verde. Ela é Eureka, uma estranha garota que veem pedir ajuda para consertar o seu gigante, chamado Nirvash, o primeiro mecha descoberto no mundo, tendo seu codinome typeZERO.

Por uma série de eventos ele acaba na Gekkostate, um grupo rebelde liderado pelo seu maior ídolo Holland, um lendário lifter (o esporte de surfar no ar, usando ondas de trappar). Lá ele fica encarregado de ser o mecânico do Nirvash, enquanto tenta ficar intimo do seu primeiro amor e começar a fazer parte da Gekkostate.

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Eureka Seven é ultimamente uma love story, Renton ama a Eureka e quer a proteger, porem sua ingenuidade acaba entrando no caminho, e o fato dele ser uma criança nunca ajuda, ninguém o respeita e por querer se provar diferente ele acaba fazendo muito erros.

Ele é o típico personagem que é meio bobo, mas com um bom coração e age como uma criança. Por não conhecer o mundo novo que está, acaba se sentido deslocado no meio daquelas pessoas, que sempre sonhou em estar junto.

Porem ao longo da série, a qual tem 50 episódios, ele vai amadurecendo, e você o vê amadurecer, o que ajuda muito no investimento emocional para com a personagem, isso é mais visível na metade, onde temos diversos episódios focados ao seu crescimento – ou seja, a mudança dele é visível, não é apenas time-skip e “olha agora ele é um cara legal”, algo que não funciona na maioria das vezes.

 Evolução

Por ser grande, ela toma seu tempo para explicar as coisas e desenvolver as personagens, assim sendo bem lento em sua maioria, o que cai muito bem, afinal da para ver o relacionamento crescer e ver no que vai dar, não é simplesmente uma cena deles com as mãos dadas, e pronto agora eles se amam. Como acontece em certo manga que falarei mais para frente.

Mas isso também faz as batalhas terem seu valor, como não acontecem toda hora, quando acontecem, são grandes, com batalhas de naves e mechas, que às vezes duram mais de um episódio.

Uma critica que eu vejo muito, e que eu já fiz nas primeiras vezes que eu vi o anime, era que o final era meio complicado. Nessa ultima vez que eu revi a série, ficou bem mais claro, é um problema que eles colocam novos conceito bem no final, mas não são nada complicados a ponto de estragar, ou ficar difícil de entender. Uma coisa que ainda acho falha é a falta de um epílogo, com tantas personagens que apareceram ao longo do anime, não mostrar o que aconteceu com todas, foi deixar a bola cair.

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Um ponto para o caracter design que é muito bom e diferente, feito pelo Kenichi Yoshida, que já fez character design para outros animes de mecha como Xam’d: Lost Memories e Overman King Gainer e para o jogo de Wii Arc Rise Fantasia. E o mecha design fica a cargo do já muito experiente nisso, Shoji Kawamori, que criou o super hit Macross, e muitos outros.

Eureka Seven é um dos meus mechas favoritos e um dos meus animes favoritos tambem- bom romance, batalhas interessantes, bastante personagens, uma carga emocional bem feita, sem duvida recomendo muito.

Eureka seven: Pocket Full of Rainbows.

Oh…Boy – Esse filme tem tantos problemas que é difícil saber por onde começar. Talvez pelo fato de simplesmente pegar todas as personagens, tirar suas personalidades e histórias próprias e colocá-las em algo completamente diferente?

Ou talvez pela visível falta orçamento, onde ficaram usando cenas do anime, e as cenas nova do filme variam tanto de qualidade que não se da para saber se foram feitas no mesmo espaço de tempo.

Quem sabe pelo fato de não ter nada a ver com Eureka Seven? Sendo que a única ligação é jogar as mesmas personagens lá, o que acaba indo mais contra o filme do que a favor. Realmente muito difícil escolher.

A história: Renton e Eureka são amigos de infância e ela tem uma condição a qual ela não pode sair no sol; eles tem um professor que é o Domic, onde no TV ele é algo como um “amigo-rival” e o Nirvash é uma fada que o Renton cuida… Ahhhhh.

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Como podem ver é algo completamente diferente, que talvez, se não tivesse ligação com Eureka Seven, poderia ter ficado algo melhor, entretanto, do jeito que foi feito, um grande contraste aparece.

Por usar o Titulo Eureka Seven, quer dizer que eles quiseram pegar o publico que viu o anime, porem acaba não tendo nada a ver com o anime e acaba se forçando a fazer ligações superficiais.

Um filme ruim, que tirando algumas cenas chaves, como a Eureka de cabelo grande, não vale nada para quem gostou do anime. Ficaria mais fácil recomendar para alguém que não viu o anime, mas mesmo assim é como falar para ir ver o irmão ruim, fique com a série mesmo, vale mais a pena.

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Psalms of Planets Eureka seveN

Com a adaptação vinda pela dupla que mais tarde fariam Deadman Wonderland, e contando a história do anime, mas com muitas e muitas diferenças, provavelmente a parte que é mais parecida, seria o começo.

A história começa do mesmo jeito, Renton vive uma vida entediada em sua cidade, até que a chegada da Eureka abala tudo, e por vários motivos ele se junta a Gekkostate. Até ai nada de diferente, mas, diversas mudanças são vistas no futuro.

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Meu maior problema com o manga, é o tempo, nesse caso a quantidade de volumes. Ele não toma tempo para desenvolver as personagens, como acontece no anime, e aqui, por ser pequeno, acaba apresando as coisas um pouco. Claro que ainda faz sentido como algumas das relações começam, porem como dito anteriormente, parece corrido.  Basta eles darem a mão uma vez, para que a relação dos dois avance, fica meio forçado.

Algo que ficou muito bom foi o maior foco aos antagonistas da série, Dominc e Anemone, onde eles tem maiores arcos de desenvolvimento e um ótimo final, o que me faz pensar por que não fazer logo um manga sobre eles, mas, isso são apenas especulações.

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Junto com os relacionamentos, o ritmo do meio do manga não ficou bom, ainda é legal as coisas que acontecem, mas, batendo novamente na mesma tecla, acaba parecendo muito rápido.

O desenvolvimento do Renton para parar de ser uma personagen chata também acontece, mas não tão bem executado como no anime, afinal, deram um tempo só para isso lá, e aqui como não tinha tempo para poupar, acabou não ficando tão bom.

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As partes psicodélicas e de sonho do manga ficaram muito boas, com varias ideias sendo usadas, e simbolismos para todos os lados; esse tipo de cena sempre cai bem quando usadas direito.

Com certeza o triunfo do manga está em seu final, que difere do anime, vilão diferente, acontecimentos diferentes e é claro, desenrolar diferente. Com varias cenas de ação ótimas e um epilogo para fechar com chave de ouro. Sem duvida nenhuma, vale a pena ler, ele é pior que o anime, mas tem vários momentos bons é um final satisfatório.

O manga foi lançado aqui no Brasil pela Panini, é tem seis volumes.

Psalms of Planets Eureka Seven – Blue Monday

Saindo das mídias visuais e indo para uma textual, vem Psalms of Planets Eureka Seven – Blue Monday.

Blue Monday

Antes de começar gostaria de citar algumas palavras do autor Tomonori Dugihara.

 “Let me first start off by saying that pictures and words are clearly two very different things. Simply taking your favorite scene from a movie or television show and writing it down as literature does not guarantee anything. It will only continue to be interesting and moving on paper as it was on the screen if the writhing is good. The same, of course, applies when the situation is reversed.
Think about the last time you watched a movie based on your favorite book. Did you ever leave the theater realizing with a heavy heart that the story you’d once loved had become stale and lifeless? I’m sure every reader has experienced this more than once in his or her lifetime.

Eureka Seven is no exception. It is subject to the very same rules I just pointed out above. Now, if the novel had the exact same story as the television version, then what would be the point of making the novelization in the first place? Would it be better, then, to create a completely new story? But then there’d be no reason to call it Eureka Seven, now would there?”

Isso resume bem alguns pensamentos que eu tenho quanto a adaptações, e um dos motivos para achar animes baseados em novels ou mangas “sem valor”, CLARO que tem aqueles que escapam disso, ou fazem uma adaptação que coloque algo novo na mesa, ou apenas usem o seu material fonte como inspiração, como por exemplo, o primeiro anime de Full Metal Alchemist, que apesar de não gostar tanto dessa história como a original, prefiro muito ver o primeiro anime a o segundo, que é simplesmente é tudo igual ao manga.

Mas agora sobre a história do livro, bem, o começo é bem parecido com os outros, como já falei duas vezes, não vejo necessidade de falar uma terceira.

Após o começo igual, o plot já vai divertindo do seu material original, apesar de não sei se continua assim, por ter conseguido apenas por a mão no primeiro livro até agora, ainda tem mais três lançados, que no futuro conseguirei, e talvez acabe falando algo sobre o final dele.

O livro usa bem sua forma expositoria de ser, para fazer coisas que os outros não podem, como colocar entrevistas da Ray=Out (revista fictícia do mundo de Eureka Seven) algo bem lega de se ler. Um problema que o acaba tendo, são nas cenas de ação, onde acaba ficando muito explicativo, como ficar falando do “G-force” que seria o campo gravitacional de uma pessoa, que fica mais ou menos na cintura, é uma informação legal, mas penso que tem jeitos melhor de expor a informação.

Eu diria que o livro é mediano, tem seus momentos, mas acaba ficando meio chato na metade para o final, quem sabe nas edições futuras melhore. Os livros tem no BookDepository, com um preço bem legal.

Os Jogos

Esse dois jogos são basicamente iguais quando se fala de mecânica, a única coisa que muda entre os dois é a história, então primeiro falarei das duas separadamente, tentando ao máximo evitar spoilers, porem alguns serão difíceis, vindo que um é sequencia direta do outro.

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New Wave

Acompanhamos Sumner Sturgeon, um garoto vindo de uma família militar, que se juntou a escola experimental de treinamento de LFO, onde sua única vontade era pilotar um. Entenda que New Wave se passa anos antes da série original, e LFO e KLF ainda era uma novidade, e o exercito ainda não estava certo se o seu uso era algo bom.

Nessa escola ele faz vários amigos e eles vão passando seus dias normais se conhecendo, fazendo lift e tendo batalhas de LFO, até quando Summer se junta ao Sawyer Team e vai fazendo diferentes missões, e descobrindo mais sobre ele e sobre o exercito.

O plot do primeiro jogo é bem simples, mas faz seus trabalho de preparar o cenário da peça, que realmente acontece no segundo jogo. Um probleminha com ele, são as personagens, que tem aquela personalidade padrão, e a única que realmente vale alguma coisa é a heroína e talvez um pouco do principal.

New Vision

Alguns anos após os eventos de New Wave, Summer agora é um pro-lifter, isso por uma série de motivos, e quando ele descobre que o exercito está fazendo um projeto que usa as habilidades dos formados em sua escola para fazerem melhores pilotos, a custo da vida desses pilotos, ele parte em uma jornada para impedir isso.

O plot do segundo jogo é bem melhor, com mais personagens, tanto novos, como antigas voltando e dessa vez bem melhores. Visto que eles pegaram um jogo inteiro para preparar a peça, eles conseguiram fazer um boa peça.

Isso fica até bem claro nas aberturas de cada jogo, na primeira vemos Summer correndo, mostrando outras personagens, já no segundo tem milhões de coisas acontecendo e só de ver da uma vontade louca de jogar, uma pena que…

Ele tem uma maldita mania de não deixar você jogar, é aqueles tipos de jogos que tem uma cutscene de 10-30 minutos seguido por uns cinco de gameplay, que logo seguem mais 10-30 de cutscene e fica nesse loop até o final.

Quando ele te deixa jogar, o gameplay é dividido em quatro partes.

  • Combate corpo-a-corpo.
  • Corrida de lift
  • Batalhas aéreas de mecha
  • Batalhas no chão de mecha

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Uma boa variedade, que apesar de ficar repetitivo as vezes, era legal de se jogar, uma pena que a dificuldade é quase inexistente e se você chega a falhar, ele fica lhe dando health-kits, assim tirando toda a dificuldade daquela parte. Mas ainda sim tem seus pontos altos, como voar na sua lift board no meio de uma batalha de mechas.

Não é um jogo que recomendo para todos, no máximo para fans da série, pois tem bastante informação canônica, e as personagens do jogo até aparecem em cameo no anime( episódio 45) e explica o compac vermelho visto no episódio 2. Ainda mais do que apenas recomendar para fans, se puderem ver o Let’s Play, melhor ainda, afinal o tempo assistindo o jogo é muito maior do que o tempo jogando.

Eureka Seven: Gravity Boys & Lifting Girl.

Feito pela Miki Kizuki, que não tem nenhuma obra grande, apenas vários Doujinshis. Agora, qual é dessas de ficar fazendo desenhistas shoujous fazerem mangas de mechas? Garotas não olham um robô com os mesmo olhos. Já foi Code Geass, e agora esse?

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Brincadeiras a parte.

Esse manga conta os eventos antes dos jogos. Ele começa com Sumner Sturgeon, o principal do jogo, nos seus 14 anos vivendo sua vida na escola normal (a grande desculpa para não precisar ter mechas) e interagindo com as outras personagens do jogo, todas mais jovens, e sem os seus papeis normais.

Ele tem certos problemas de tempo, mesmo problema do outro manga, mas de outra forma. Se passam 4 anos no manga, e sinceramente, se a autora não tivesse avisado isso nos extras, eu nunca teria adivinhado, é tudo tão rápido, mas, dessa vez funciona, é apenas para mostrar um pouco da vida das personagens antes do jogo.

Sinceramente, não consigo ver quem não jogou o jogo, ou que não vai jogar, gostando muito desse manga, são vários fanservices para todo lado, não no sentido erótico, como eu joguei foi muito bom, mas adoraria ver alguém que não jogou lendo para falar o que achou.

PS: Sobre Eureka Seven AO, pensei em falar sobre ele, mas tem um pequeno problema, é muito ruim para eu me forçar a acabar, então fique com minha mini review sobre: Fique longe desse lixo.

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